O mercado de lácteos destacou-se no relatório da FAO em abril, registrando alta significativa no subíndice de preços, que atingiu 152,1 pontos, um aumento de 2,4% em relação a março e 22,9% acima do valor do ano anterior. A manteiga alcançou um recorde histórico, com alta de 2,9%, impulsionada pela escassez de estoques na Europa e pela forte demanda por gordura do leite. Além disso, os preços do leite em pó e do queijo também subiram, influenciados pela produção sazonalmente reduzida na Oceania e pelo aumento da procura global, especialmente em meio à menor disponibilidade de oferta.
Enquanto isso, o índice geral de preços dos alimentos da FAO subiu 1% em abril, impulsionado também pelas altas nos cereais e carnes, que compensaram as quedas no açúcar e óleos vegetais. O subíndice de carnes teve aumento de 3,2%, com destaque para a carne suína, que foi impulsionada pela demanda europeia durante a Páscoa, enquanto as carnes bovinas e ovinas também registraram valorização devido à oferta limitada. Já os cereais tiveram alta de 1,2%, influenciada pelo trigo e milho, que refletiram condições de mercado tensionadas por estoques apertados e políticas comerciais.
Por outro lado, os óleos vegetais recuaram 2,3%, puxados pela queda no preço do óleo de palma, enquanto o açúcar registrou sua segunda queda mensal consecutiva (-3,5%), pressionado pela maior produção no Brasil e pela desaceleração da demanda global. Apesar dessas quedas, o mercado de lácteos permanece como um dos principais motores da inflação alimentar, com tendência de alta sustentada pela forte demanda e restrições na oferta, especialmente na Europa e Oceania.
Fonte: Resumo adaptado da matéria “istoedinheiro.com.br”